sexta-feira, 20 de março de 2015

Recursos audiovisuais e ensino de História

O meu trabalho como professor de ensino médio na Escola Estadual Messias Pedreiro, localizada na área central da cidade de Uberlândia, tem me proporcionado não só o contato com uma nova geração de jovens, mas também a oportunidade de pensar questões atinentes ao ensino de História, disciplina da qual sou professor. Sob esse prisma, tem me chamado a atenção o amplo conjunto de possibilidades do uso de recursos audiovisuais no processo de ensino e aprendizagem de História.
Há poucas semanas pedi aos meus alunos das turmas de segundo ano do ensino médio que se organizassem em grupos e apresentassem trabalhos sobre algumas revoltas ocorridas no campo e na cidade durante o início do século 20 no Brasil. Tais trabalhos foram apresentados nos últimos dias e fiquei realmente impressionado com a qualidade de muitos deles. Algo que merece destaque nesta experiência é o fato de que muitos dos meus alunos se mostraram extremamente hábeis em manusear equipamentos de som e vídeo para a apresentação dos trabalhos (uma habilidade que pode até assustar os mais velhos). Já na elaboração dos mesmos a pesquisa na internet se mostrou importante, não apenas na construção de textos mas também na montagem de vídeos e apresentações de slides, com imagens diversas e músicas encontradas na web.
Neste sentido, os alunos se mostraram capazes não só de realizar pesquisa histórica, mas também de apresenta-la aos colegas de maneira bastante agradável e, em certos casos, bastante divertida, pois alguns grupos usaram do bom humor nas apresentações. Tal experiência me mostrou o papel que pode ser desempenhado pelos recursos audiovisuais e as modernas tecnologias no ensino de História na atualidade. Os mais jovens são pessoas extremamente adaptadas a todo o aparato tecnológico moderno e a escola deve estar atenta a isso. O uso de tais recursos audiovisuais pode tornar o ensino mais dinâmico e prazeroso para os nossos alunos, uma vez que eles lidam tão bem com essas linguagens.
No caso do ensino de História, tal prática é interessante pois amplia consideravelmente a gama de materiais a serem trabalhados pelo professor em sala de aula, que não precisa mais – e nem deve – ficar restrito ao livro didático. Por fim, cabe salientar que não se deve esperar que a tecnologia faça o trabalho do professor, pois ele continua sendo um agente importantíssimo na educação, o profissional que deve orientar os alunos no uso dessas modernas ferramentas para a construção do conhecimento.
(Texto originalmente publicado na Coluna do Nehac do Jornal Correio de Uberlândia no dia 04 de outubro de 2013.)

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