quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Três amigas

Há quem diga que a amizade entre homem e mulher é impossível. Durante muitos anos eu tive pouquíssimas amigas, minhas amizades mais fortes eram com os outros garotos da minha idade, o que parecia confirmar a ideia de que era mesmo impossível ser amigo de alguém do sexo oposto. Talvez pela timidez, sempre me senti mais à vontade com outros garotos, as conversas e as piadas sempre fluíram melhor com eles. Tal situação mudou apenas durante os anos de faculdade, mais maduro e menos inseguro me soltei mais com as garotas. Não, eu não me tornei um conquistador de incontáveis mulheres, o que eu ganhei mesmo ao me aproximar delas foram preciosas amizades.
Ter amigas tem sido uma coisa muito boa para mim. Acho que todo homem devia ter pelo menos uma. Se tiver várias, melhor ainda. É bom ter alguém com quem se possa conversar sobre coisas que não sejam relacionadas a futebol, carros, piadas sujas ou filmes de ação. Com minhas amigas aprendi muito sobre novelas, filmes de amor, moda, culinária. Melhor ainda, com elas eu venho aprendendo um pouco sobre o universo feminino, esse mundo de coisas que nós homens nunca vamos conseguir entender completamente. Minhas amigas me ensinaram sobre a importância de ser gentil e educado com os outros, sobre o valor de um abraço, sobre ter paciência para ouvir o que o outro tem a dizer, sobre o convívio com as diferenças etc.
Tenho grandes amigas e a convivência com elas tem sido uma experiência belíssima e prazerosa. Gostaria de exemplificar com três casos: Carol, Cassinha e Fafá. Falarei das três aqui não por obra do acaso. Acontece que hoje é dia 25 de Janeiro, dia dos aniversários das três. Isso mesmo! Tenho três amigas que fazem aniversário no mesmo dia. Mais ainda: conheci as três na faculdade, onde as três fazem parte do mesmo núcleo de pesquisa que eu. Situação parecida com essa nunca aconteceu com meus amigos homens: prova de que algumas coincidências, de tão mágicas, só ocorrem mesmo quando envolvem o universo feminino.
Carol é, na verdade, Ana Carolina, mas ela prefere que a chamemos pelo apelido. Concordo plenamente. “Carol” combina muito mais com ela, é um nome doce. Carol é a “moça dos esmaltes”, tem bom gosto e entende de coisas bonitas. Ela é de uma humildade ímpar, uma presença sempre agradável. Não precisa usar roupas curtas e provocantes, é um mulherão por natureza. Carol conquista a todos com sua alegria. Das coisas que aprendi com Carol, a que vou levar para sempre comigo é o valor do olhar. Carol tem um olhar doce, ainda de menina e, quando conversa com a gente, é sempre olho no olho. Se os olhos forem mesmo a janela da alma, Carol é realmente uma pessoa especial. Olhando sempre nos nossos olhos, ela se mostra, não sente necessidade de se esconder. O olhar de Carol é sincero.
Cassinha é, na verdade, Cássia. Ela não exige que a chamemos pelo apelido, mas gosto de chamá-la assim porque acredito que combina perfeitamente com ela. Cassinha é de baixa estatura, mas que o leitor não se engane, o apelido no diminutivo não diminui a pessoa que ela é e nem a importância que ela tem para os outros que convivem com ela. Porque Cassinha é uma grande mulher, é corajosa e não tem medo de encarar o que tiver que encarar, enfrenta qualquer situação com uma valentia rara de se ver por aí, não recua ante as dificuldades que aparecem no seu caminho. Com Cassinha aprendi a importância de um sorriso e de um abraço. Não importa se o dia é difícil, ela sempre recebe a todos os seus amigos com um sorriso no rosto e com muito carinho. Cassinha não desconta seus problemas nos outros.
Fafá é, na verdade, Fabrícia. Ao vê-la pela primeira vez no corredor do Bloco 1H, ainda imaturo e com alguns preconceitos na cabeça, pensei que ela fosse apenas mais uma garota bonita, e só. Conviver com Fafá me possibilitou abandonar alguns estereótipos. Ela me ensinou que garotas bonitas podem sim ser inteligentes, boas de papo e educadas. Nem toda mulher bonita é fútil e arrogante. Fafá me mostrou que a verdadeira beleza feminina não depende de maquiagem, mesmo sem nenhum tipo de base aplicado na pele do rosto, uma mulher pode sim ser bonita, se sua beleza vier do seu interior. Nas nossas conversas pelo MSN, aprendi com Fafá sobre a importância de se ter pessoas de confiança, a quem pedir conselhos, confidenciar alguns segredos e falar sobre os problemas do dia a dia.
Assim são minhas três amigas que fazem aniversário neste dia 25 de Janeiro. Na verdade, elas são bem mais complexas do que esses simples retratos que pintei aqui, como toda mulher deve ser. De qualquer modo, o que eu queria mesmo era registrar aqui a importância que elas tem na minha vida e o quanto aprendi com elas.
Feliz aniversário, muitos anos de vida e muitas coisas boas a Carol, Cassinha e Fafá!

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